TUTA-E-MEIA
Tempos atrás, ou melhor, dias atrás
gozava de minhas férias da melhor maneira possível que podia para despreocupar
a cachola dos afazeres no trabalho. Por outro lado, entretido com as
pendências, consertos e ajustes na moradia, pouco a pouco percebia a insignificância
operar quando a atenção não é projetada. Bom, esse zelo era concentrado para
algo material e de repente o pensamento resgatou algo distante, porém, muito
importante: meus dezessete anos de serviço se aproximavam e hoje são completados.
O valor desse momento equivale a uma vida de aprendizagem em ambiente hostil
que detalhei alguns trechos em um texto que está em meu blog. Todavia, fragilidade é a palavra mais próxima da realidade do meu entendimento
hoje em dia e, o ambiente da dor (pronto-socorro) que aprendi a respeitar dia
após dia, atualmente distanciou-me dos capítulos vividos por atores de diversos
tons penosos entrelaçados por angustia e pressa. Dessa maneira o novo desafio
impetrado em meu ser trazia a dificuldade em praticar o ato de, ouvir. Sim!
Ouvir. Pelo menos tentar escutar e ativar a empatia a outrem. Jamais poderia,
eu, ingressar previsões a cerca dessa possibilidade, mas a cada decisão tomada,
um movimento surpreendente atiça e ativa o universo. Assim, nasceu o sujeito
sem fala, sem opinião e pronto para escutar. Dura prática. Dura labuta.
Contudo, muito pertinente e distante do trabalho, sinto que deve ser aplicado o
legado herdado para obter equilíbrio. No entanto, essa tarefa é mais trabalhosa
quando o assunto é nosso lar. Diminuto e anódino fico, pois somando mais alguns
dias a este, nova data extraordinária traz a lembrança do nascimento de meu
filho Roberto. Ah, que momento magnífico fora o aconchego do colo paterno, as
pedaladas de ida e volta com a cadeirinha que comprei para meu companheiro
predileto. Nunca imaginei, ou, propaguei falas a mente para afirmar que aquele
tempo passaria rápido demais e agora o vejo (meu filho) quase homem. Aceitar a
duras penas que as decisões dele somente pertencem a ele e igualmente machucam
sua mente e coração é a sina de cada pai e mãe que, procuram inventar maneiras
de enganar-se que estão no controle de tudo. Talvez, o crescimento para cada
ser nessa existência esteja atrelado e conectado a decisão sobre o que é certo
e errado conforme o ponto de vista de cada um! Porque o oposto disso será a
vontade da maioria. Mas, viver é estar presente em todos. E, por mais complicado
e complexo que seja visualizar e imaginar as possibilidades de uma decisão
danosa sei que o momento de crescer chegou e a bagatela dos inúmeros dias nessa
existência indicou uma coisa...
JRA(o poeta da verdade).
São nossas escolhas poeta, e por elas somos responsáveis, né não?
ResponderExcluirAbraço amigo.
tua visita é sempre bem-vinda preciosa Mangela... abraços fraternos e poéticos.
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