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Mostrando postagens de março, 2009

SIM E NÃO

O que segue hoje é o dilema do sim ou não. Um texto antigo, mas muito importante para encorajar nossas atitudes e demonstrar que no mais dolorido "não" é a maneira certa de encontrar o "sim" para que nossa opinião seja algo novo a mudar. Como é difícil dizer NÃO! Pedimos favores e nos dizem NÃO. Os outros pedem favores para nós e dizemos SIM. Os outros dizem NÃO. Nós dizemos SIM. A difícil tarefa de dizer NÃO. Muitas pessoas precisam e abrimos mão do nosso tempo, obrigações e compromissos para dizer SIM e quando esperamos em troca o SIM para nossa necessidade lá vem o NÃO. Que chinfrim é esse do NÃO?É NÃO saber dizer NÃO quando é preciso. Os outros pronunciam tão fácil o NÃO , nós gaguejamos , ficamos mudos e na maioria das vezes NÃO sai o tal NÃO. Que psicose é essa do tal do NÃO?É a difícil tarefa de aprender a dizer NÃO!Bom, vejamos de novo se vai dar certo. Pedimos favores, pedimos paciência, pedimos tempo, mas os outros tornam a dizer NÃO e NÃO, então NÃO deu c

FLOR DE LIMOEIRO

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Primeiro poema no blog , como flor a nascer , viver e ... FLOR DE LIMOEIRO Branca neve que surge entre folhas. Traz uma nódoa de ametista viva Lá bem no meio do canal que fica o pólen. Um pouco de amarelo também emotivo existe Para o beija flor e a abelha bulir no doce vida. No fim de tarde a chuva de primavera chega E no gotejar do céu azul acaricia a folha verde A derramar esperança da gota d’ água Que mata a sede do rebento fruto. Amanhã irá laquear se E aos poucos a ametista toma conta da branca neve. Caiu a flor! Por quê? Momento mágico para deixar nascer O pequeno verde limão introvertido A formar o fruto de gosto intolerável. Mas uma nova cor se aproxima! É o laranja avermelhado Que pouco a pouco domina. E cada trecho desta mudança É notado que exauriu se o vigor. Mas a flor se mistura com os frutos! Pois é intenso o ciclo de vida deste ser E com a queda no gramado aparado Do maduro fruto que já fora flor Foi bom notar que este momento É começo, meio e fim da flor de limoeiro Qu

DESCONHECIDO

Garoa na cidade! A escassa roupa não aquece mais. Andar a esmo com o tênis acabado Dilata o pé por inteiro. Os calos somam-se as feridas Não agüento mais caminhar. Um rogo de auxilio Bate a porta verbal no indivíduo. Uma súplica de ajuda Bate a porta verbal na alma. O espírito ainda arrisca! Caminhar com o tênis velho por mais alguns metros. A falta de asseio do corpo espanta o próximo dos olhos vendados. Ignorado pelo nome de batismo sinto que a solução é apropriar na força. Que força? Meu cognome é “desconhecido” e ao relento sigo A caminhar com o tênis velho do dia à noite Até a madrugada derrubar e a calçada acomodar Meu incógnito destino... JRA (o poeta da verdade).

O BAR DO BILO

Depois de uma noitada agitada de trabalho, resolvi passar no “bar do bilo” e dar um talagaço de caninha Trevisan, que fica guardada a sete chaves no estoque, a esperar os fieis clientes que sempre batem cartão logo cedo. Mas senão bastasse a mar dita queimar a minha goela e tontear ainda mais a minha cachola com o sono que vinha de encontro ao corpo cansado, ocorria que mais um parceiro estava por vir. E diante do atraso do mar dito achei que teria paz pra tomar a minha água ardente. Que engano se passou quando vi o Pacheco adentrar todo faceiro o baita pela porta enferrujada do bar do bilo, que a pouco tinha sido arrombada. Talvez os meliantes quisessem o precioso liquido, mas isto apenas passou de momento e assim continuei a queimar a goela pra esperar o traia do Pacheco começar o seu discurso. – E ai Zé perdido por aqui? Logo pensei em silencio pra não provocar a fala do Pacheco, pois depois que o homem começa é de dar nojo, mas então apenas pensei em silencio. – Se to perdido, talv

O BAR DO BILO 2º MOMENTO – ROLMOPS DE GURI é sacanagem

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Segunda-feira da braba, pois a pós domingueira de plantão já anunciava que a chegada até o bar do Bilo para o talagaço precioso do começo de feira não seria fácil, pois o domingo é o primeiro dia da semana, mas não conta por ser de descanso, coisa de alguns brasileiros. Pois no ambiente da dor, domingo de descanso só se for greve. Bom, retomando. Já é sabido que as segundonas, ou seja, segundonas das feiras da semana e nada mais, pra não dar chance aos zoiúdos de plantão azarar ainda mais o meu furacão depois do clássico poderoso de fim de semana no território do arqui-rival coxinha branca topetudo. E por sorte um ou outro torcedor chegou quebrado para atendimento no ambiente do descaso, mas enfim foi até tranqüilo demais o agito do 1x1 do jogo de compadre e para ajudar o sossego da noite o meu nobre amigo Pacheco tava de folga. Alias folga não, o traia está fechado para balanço, ou seja, ta de férias o largo. Mas algo me martelava insistentemente a cachola por saber que talagaço bom n

O BAR DO BILO 3º MOMENTO – CHURRASCO DE PANELA

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Reta final de campeonato o traia do Pacheco voltando de férias, o nobre amigo Péricles arisco comigo, não precisa nem falar o motivo e “eu” na expectativa do novo encontro no bar do bilo para o famoso talagaço de segunda feira. Mas as férias do Pacheco trouxeram algo novo a comemorar, pois o dito cujo conheceu uma amiga, ou seja, um esquema e sem demora venho me aporrinhar para livrar o couro do mar dito marcando um churrasco com os chegados. O lugar do evento não estava fácil de encontrar então de repente lembrei que no bar do bilo tinha uma antiga churrasqueira que aos domingos servia se costela pra turma. Bom, até então sabia que a tal churrasqueira não era usada a mais de um ano e a ferrugem tomava conta da grelha, porque o bilo nunca foi muito zeloso e cuidadoso. Logo matutei: - Ih! Se marcar um churrasco nestas condições não será o guri do bilo a apanhar da turma, mas sim eu a receber um alinho depois do efeito colateral que possa ocorrer. Deixado de lado es

O BAR DO BILO 4º MOMENTO – FIRME, FORTE E RÍGIDO

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Começo da temporada do estadual e o tal de futebol continua mexendo com os nervos da turma a cada partida disputada. E aqui nas paragens do sul não é diferente o esquema a não ser por um pequeno detalhe. O saudoso e hospitaleiro Bilo está puto com seus clientes fieis que batem cartão toda segunda-feira, depois do churrasco de panela conturbado em seu bar. Desta maneira segue a falta de coragem para reatar os laços com o chegado que detém o liquido precioso da galera – a famosa caninha Trevisan – e uma distancia se proferiu de momento. Algo tinha que ser feito ante o mal entendido e o parceiro Péricles e o folgado do Pacheco estavam me aporrinhando por demais. – Pô Zé, precisamos se retratar com o Bilo! Indagou o parceiro Péricles que já estava se acostumando a bater cartão no bar também. – Zé! Você foi arrumar justamente o bar do bilo pra levar as moças! Pisou na bola! Ter que aturar os comentários do Pacheco a me cobrar é pior que empate do furacão com o lanterna do campeonato em pl

PORTA

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O soberano do tempo referiu Toda era passará neste instante O que ontem foi o agora de muitos O agora será época vindoura de todos. O contíguo manda A impaciência condena O verdugo é ardiloso. A carcaça cede às chagas A abantesma serena A facécia atenua. O pouco fulgor que resta A visão turva discerne A compleição do inominado A bulir em seu semblante Atomizando o beiço A balbuciar mentira Ante o ouvido gélido. O acesso pelo crivo da vida Aproxima o abismo da extinção Na peleja do absurdo da existência O ser protesta a constância da criação... JRA (o poeta da verdade).

O SECO, O BOLA E A PIPOCA

Vida de criança rodeada por um animal de apego e como adulto não é diferente. Muitos cachorros passaram, marcaram e acompanharam trechos importantes a demonstrar atenção mesmo na condição tempestiva de cada pessoa. A necessidade de nomear tudo faz com que o tempo fixe na cabeça do animal fiel e companheiro seu nome de imersão e de ocasião. A trajetória do Seco – um cachorro sofrido – que não agüentou a agonia do abandono nos primeiros passos de filhote foi acolhido no nosso lar com alegria ante uma feira num parque de Curitiba através de uma campanha de adoção de filhotes . Sua chegada aconteceu após o sumiço do Ringo – outro companheiro importante – que numa de suas noitadas depois de pular o muro de casa foi atropelado e rastejou até um terreno baldio sem forças para voltar para casa. Não tinha como descobrir o episodio e uma semana se passou a procura do Ringo. Lembro que fui até o canil municipal e vi diversos animais abandonados e doentes a espera do dono que nunca voltou e nada

AMERICANO

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Quinta-feira de muito calor e o pulsar nunca empaca na condição da trégua necessária. A noite de trabalho no ambiente da dor é assim. E ante os dramas urbanos vale lembrar que na prenuncia dos ponteiros do analógico da recepção, é no momento da zero hora, ou seja, o divisor de um novo dia que a força da violência está presente. Mas não! Desta vez os ponteiros da bestialidade se adiantaram e a chacina estava em andamento. Um a um os corpos se aglomeravam na sala de emergência e o motivo se chama “a lei do mais forte”. Toda noite é o ritual do FAF a rigor. Mas nas noites que a lua cresce sua fase a se aproximar da cheia este processo é mais claro. Bom, vamos recuar um ponto no tempo. Acordei no habitual das dez da manhã e os compromissos bancários não esperam nunca. Desta maneira peguei o cartão magnético – sair com dinheiro na mão é pedir pra levar chumbo – e no amontoado de faturas que carregava aos poucos via o volume diminuir por cada trecho da desova do capital suado

PLANTAR

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Olhos sonolentos Janela semi-aberta Chinelos calçados Tem que levanta. Água fria da torneira Face fechada reclama O despertar é vida Manhã acompanha. Mesa posta Café com leite Rosca salgada Bom dia no ar. A porta abre Range a dobradiça O sol brilha É tempo de plantar! JRA (o poeta da verdade).

NECESSIDADE X DESEJO

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O ano que passou não foi muito próspero, mas muitos auferiram e “eu” também necessitava massagear o ego com um presentinho necessário. Passei na loja do meu amigo Sérgio Cabelo e então deixei minha magra – no caso minha bicicleta – para uma geral habitual e aproveitando a deixa me presenteei. Ah, nada mais justo um pouco de atenção para minha magra e lógico sem interesse. Orcei e não matutei muito sobre o custo, pois a necessidade era maior. Necessidade esta é claro de puro desejo. Alguém num passado distante mencionou que criança não pode passar vontade de doce!E adulto como que fica neste chinfrim?Realmente este presente daria o que falar. Passado o dito desejo, ou melhor, a necessidade sai todo faceiro com a magra a pedalar. Sou suspeito neste trecho por ser ciclista, mas enfim “eu” e minha magra a rodar e realmente a danada ficou show. O trabalho do Sérgio Cabelo é notável e mesmo sendo seu cliente por mais de dez anos, não canso em expor o capricho e gosto que o sujeito tem no que

O BANCO DA PRAÇA

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Sento no banco da praça independente de qual seja e escuto todo o barulho de uma cidade que não pára. Ônibus, pessoas e muitos carros seguem em fervoroso agito na busca de muitos lugares. Mas continuo sentado. Pessoas passam e notam um indivíduo atípico ao recinto e como o único curso delas é o agito, seguem freneticamente após sucinta observação . Porque o banco da praça?Seu assento duro e pouco confortável é o camarote do teatro urbano onde tudo observo. Lá percebo todas as faces dos artistas anônimos que mantêm firme o espetáculo da vida real. Vida real sim! Vejo coletores devidamente registrados zelando pela limpeza. Meninos descalços e maltrapilhos tomando banho no chafariz das praças com tamanha liberdade que a vontade de acompanhá-los somente é travada quando a guarda municipal chega ao recinto. É uma correria alucinante e por fim acabam voltando depois de certo tempo. Há também os Panfleteiros por todo lugar e o único calçadão que há é vasto e serve como via urbana de pedestres

Bordões e Espertalhões

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Certa vez no barraco do descaso “Tilispa” – o patrão da área – resolveu maquinar uma arte para sorver ainda mais os bordões – pra não falar outra coisa – do pedaço. O dito-cujo era mestre nisto ainda mais se tratando de um cascalho a mais a complementar a sua sede de Jaguará sanguessuga. Entretanto, ocorria que um tal de “Ariscus” beliscava a teta gorda e saborosa do grande da joça e por mais cuidadoso que o fulano fosse o Tilispa já tava na cola do baita. O dia sempre era promissor e generoso com o dono da área e uma trégua tinha que ser dada pro descanso necessário. Este momento se chamava “noite” e assim o Ariscus se aproveitava de todas as formas para lamber a teta infinita que os bordões – pra não falar outra coisa – erguiam dia após dia sem questionamentos. No delírio do Tilispa surgiu um tratado de cognome “Taxa de manutenção” e no maior cinismo repassou o folheto pros bordões de plantão – pra não falar outra coisa – a seguir a risca o código. Se vale pra um, vale pra dois, aind