ATÉ, QUANDO...



Momento gratificante de resposta ao chamado emitido lá das bandas virtuais. Então, seguiu-se o trecho até o compromisso, e mais ainda, ao encontro da expectativa para conferir de perto os amigos tocarem, ao vivo. O local, o TUC (Teatro Universitário de Curitiba) que tenta de todas as formas criar sobrevida e presentemente recebeu a ilustre alcunha “Teatro Ivo Rodrigues”. Deste, ótimas recordações seguem ativas em minha memória, contudo, o espaço pouco mudou repuxando da minha cachola meados de 1989. Por que o dito: pouco, mudou? Oras, vivenciamos outras épocas, envolvidas por aceleração da informação, e o ano nostálgico apenas detinha a infeliz campanha de coletar público no corpo a corpo, ou através da panfletagem no estilo muito semelhante à poesia marginal. Dessa forma vale lembrar o amor praticado a arte, porque para o músico é religião expressar seu dom mesmo que seja diante dum palco vazio. Mas, no meu ponto de vista e, conforme segue o ingresso que estampo aqui, a consideração com o trabalho “próprio”, isso mesmo, trabalho próprio de criação das músicas, deveria ter o devido valor com o dito ingresso personalizado e acrescido dum cartaz evidenciando a atração no mural que há na galeria Júlio Moreira, bem no acesso a subida da escadaria em direção a Praça Tiradentes. Mas, não! Isso não ocorreu e a imagem indelével fica me atormentando, ou pior, está ativa para dizer que toda a arte é desvalorizada nessa terra. Por que prosseguir, então? Bom, aproveitando um gancho, traço e direciono a digitação desse texto apelando à composição “Nunca mais parar”. Exato! Nunca mais parar música da banda Rick Shadow fechou o espetáculo e retratou de maneira entusiasta e realista, o que deve ser feito quando o dom de dentro é impulsionado para fora e explode de diversas formas. Foi assim que meus olhos e ouvidos atentos presenciaram, também, o agito duma criança pra lá e pra cá cantando todas as músicas, e os olhos dessa nova geração, eram puro brilho e carinho, percorrendo o amplo espaço onde diversos artistas marcam e marcaram seus passos para nunca mais parar dali em diante. Todavia, independente do descaso que ocorre frequentemente e em demasia, seja com o músico, pintor, artesão e o escritor, jamais deixo as palavras silenciar no meu íntimo inventivo, pois sou movido pela emoção e acredito acima de tudo que havendo um ou mais interlocutores do outro lado, nunca será em vão o instante da inspiração...

Vaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaleu!

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