CRÔNICA SINISTROMANA - O PASSAPORTE

O repouso impreterível chegou.
Uma batalha forte fez uma barreira cair diante do afeto.
Alguém fica alguém vai e assim segue o ciclo da vida.
Espectadores do desfecho doloroso
sempre acompanham tarde demais.
Novamente a dor cessou e a família segue no ritmo
de muitas pela dor da perda.
O necessário julgado no momento tardio trouxe algo
novamente átona diante do ambiente do socorro.
– Onde se deve mudar?
O tempo demonstra que chega o momento,
Mas nem todos conseguem um momento a mais.
Hoje chegou a reflexão de algo que manifesta
um simples documento para certificar a ida e a vinda.
A família nunca consegue entender por saber
que a dor de dentro não traz a razão para ocasião.
O encarregado do conteúdo passa de mão a mão a responsabilidade.
Desta maneira uma barreira se forma
entre o afeto criado e o passaporte da dor.
Ser passivo ou pior ainda insensível
segue como um dilema a demonstrar
Que não foi neste momento a culpa gerada.
A morte é a verdade de todos nós!
Mas isto realmente torna-se cruel!
Por saber que aquele que detém o conteúdo
Faz de rotina diante da luta de viver.
Esforços plenos se sabem que são postos!
Mas o descaso do passaporte material deixa claro
que este conteúdo ainda continua manso para evoluir.
Aos que ficam no zelo correm de todas as formas para acalmar
e tentar no tempo esquecer o ambiente da perda.
– Porque depois da luta não se cria à escrita?
Algo fica no ar em silencio apenas transmitindo que este
não é o profissional adequado para o preenchimento.
– Por quê?
Ética profissional vem na lembrança a derivar
para o outro lado a possível culpa.
Alongar este trecho numa possível discussão é algo ameaçador;
E assim deixasse o repouso necessário atingir o limite do corpo.
Porque uma barreira ainda continua longe
A definir qual será a verdadeira maneira de tratar o afeto de luta e zelo
Do ente querido a descansar independente das confusões
que não pode mais presenciar por estar em lacre profundo...
"O formulário continua a valer e muito para escalar o patrocínio do profissional imediato e deste modo o tempo agonia ainda mais os que ficam a lamentar e chorar a ida e a vinda.”
JRA (o poeta da verdade).
afeto.. desafeto. começo e final. assim é a vida. acostume-se ou viva com dor, na dor.
ResponderExcluirbeijos
"A morte é a verdade de todos nós!"
ResponderExcluirPura verdade essa vida cheia de coisas inexplicáveis,mais coisas do que imavinamos porem tememos a verdade que é a morte pois não sabemos o que nos aguarda