FOLHA BRANCA
Folha branca está aqui perante os olhos
Porque não consigo recitar sem o acólito?
A leitura cobra a falta de fé
Decorar é o ato a sobrepujar
Esta ocasião contra a maré.
Saiu de dentro toda a poesia!
Porque não consigo recitar sem o acólito?
Lembrei alguns versos e o todo lá
Como prisão do meu engenho
No escrito delirante que saiu do peito.
Porque não consigo recitar sem o acólito?
Os versos em canção
São apelos do meu coração
É uma questão de superação
Deixar a folha no caixão.
Novamente exposto
Feito infante inseguro
Soluçando o medo
Balbuciando ao relento
Esperando o folheto
Como alento sedento.
Porque não consigo recitar sem o acólito?
As indigestas palavras criaram a folha branca!
O papel vivo marca e imita
Até vencer a difícil arte do repente
Em vez de ler versos somente
Sem paixão
Sem emoção
Sem dicção
Até conseguir recitar sem o acólito presente...
JRA (o poeta da verdade).
Genial!
ResponderExcluirParabéns , belo poema, agradeço sua gentil visita ao Armazem. Qua a literatura seja sempre ponte, das energias belas do mundo Abraço
ResponderExcluircarmen