CASA DE CABOCLO
Chão batido
Porta aberta
Casa hospitaleira
Gente alegre e modesta.
A bironha barulhenta
Diz que a visita
É de longe e vem com pressa.
O poso é na cama de cerne
Do colchão de palha
E coberta de pena.
No fogão de tijolo
A lenha a queimar o dia todo
E na chaleira de ferro
A água é pura ebulição
Para o próximo chimarrão.
Na cuia de cabaça carqueja e pata de vaca
Misturam-se na erva mate da mata aberta.
Entre viajante!
Fale o que campeia!
Vejo que vem de longe
E sua face é de tristeza.
Venho com o pedido nos olhos
E na fala a esperança de uma cura.
O coração há tempos não bate como antes
E esta face triste hoje me acompanha.
Sente e não comente
Tome o chimarrão da minha cuia
E depois siga em paz.
O viajante levantou se viçoso e alegre
E após o aperto de mão seguiu sua sina.
Disse obrigado com o coração contente
E com a viola hoje dedilha e emotiva.
JRA(o poeta da verdade).
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