DIÁLOGOS URBANOS

Da coleção " Diálogos Urbanos": BATIUNFINU E CARETA em: ‘Na boca do lixo’ [careta] – ô Batiunfinu, olha lá! É o pescoço que tá devendo uma pedra pra gente... [batiunfinu] – é hoje que o filha, dança. Prepara um fino rapidinho com pimenta-preta. [careta] – Tá branco... [narrador]Neste momento o camburão passa lentamente e o pescoço pica mula. [careta] – Ih, sujo batiunfinu é os samangos. E, agora? [batiunfinu] – Esse pescoço é um baita de um largo. Se livra dessa mérlim de uma vez, tongo! [narrador]Careta não sabe o que fazer então engole o preparado pro pescoço e quando os samangos se aproximam, as lágrimas correm pela face do tipo. [os samangos] – Olha só! Cadê a mercadoria, cambada?! [narrador]O semblante roxo do careta, acrescido de náuseas, espalha a substância no coturno lustrado da autoridade. Batiunfinu pra tentar consertar a situação solta uma: [batiunfinu] – esquenta não, patrão... Acontece.Lustro tá novo! [narrador] E a solavancos e pontapés, a dupla desastrada vai ...