BRILHO DESMEDIDO

Muitas estrelas a brilhar no céu! Apenas uma ascende diferente. Orgulhosa e soberba afasta-se da constelação... Seu novo tracejado Forma nova paisagem Feito figura abstrata... Na penumbra regozija seu poder Na matutina roga pragas, Pois seu brilho chega ao fim, E o escasso tempo terrestre determina: Nos confins do mundo dos homens, É chegado o dia! A ocasião indica que outra estrela rege Carícia, , energiza, aquece... Sua sinfonia de luz ecoa no horizonte Outra era chegará. No entanto a noite se aproxima novamente. O olhar aflito focaliza o alto A constelação ressuscita. Onde estará a soberba luz desgarrada? Em algum lugar mais distante Percorrendo solitária a imensidão Como ser extasiado, Admirando seu rosto No espelho do buraco negro Chamado, solidão... JRA (o poeta da verdade)