REGRESSO
Dias de primavera chegam!
Minha vontade não...
Sinto que a faina do sentimento
Drenou minhas forças.
A pouco a lágrima da companheira correu pelo ombro direito.
Por onde anda seus pensamentos?
Quiçá pelo advento
Da estrela cobiçada
A brilhar no espaço reservado
Que há no seu coração...
O bem-estar necessário
Compromete o peito.
Pois, o golpe do verdugo
Dilacerou o anseio
Distanciou desde então
E olhar para o alto
É cativar-se pela diminuta luz na imensidão...
A lembrar, aconselhar e avisar!
Pois, o canto do bípede vespertino
Alegra enquanto há
E amargura quando descansa.
Os corredores da noite são gélidos!
A luz a chegar e encorajar
Não pertence ao meu olhar...
Então espero o dia chegar.
Mas, o regresso dolente
O poeta carece
A Alma gritante pede
Espírito se fortalece.
Vou alienar!
Vou sobrepujar...
Vou chorar!
Tentarei indultar...
Tentarei não execrar.
JRA (o poeta da verdade).
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