PORTA


O soberano do tempo referiu
Toda era passará neste instante

O que ontem foi o agora de muitos

O agora será época vindoura de todos.


O contíguo manda

A impaciência condena

O verdugo é ardiloso.


A carcaça cede às chagas

A abantesma serena

A facécia atenua.


O pouco fulgor que resta

A visão turva discerne

A compleição do inominado

A bulir em seu semblante

Atomizando o beiço

A balbuciar mentira

Ante o ouvido gélido.


O acesso pelo crivo da vida

Aproxima o abismo da extinção

Na peleja do absurdo da existência

O ser protesta a constância da criação...


JRA (o poeta da verdade).




Comentários

  1. Para de falar difícil, p**ra! Fala igual HOMEM!

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  2. Oi poeta da verdade, estou passando aqui pra avisar que te indiquei a um selo, passa lá no meu blog.

    http://edisongil.blogspot.com/

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